ELE LEVAVA CONSIGO, VIDA AFORA, UM PATUÁ FEITO COM O CORAÇÃO DE SUA AMADA MORTA
Meados do século XIX. Um sobado nas margens do rio Kwanza, nas proximidades de Luanda, Angola, é invadido. Diapetelo e sua amada Madia são perseguidos. Ela leva um tiro nas costas. Mesmo também muito ferido, Luseke, irmão de Diapetelo, consegue arrastar o casal para a mata. Eles escapam dos algozes, mas não escapam da tragédia e da sina. Madia tomba sem mais respirar. Desesperado, Diapetelo pede para que o irmão faça alguma feitiçaria, afinal há forças que estão além do real e do plausível. Mesmo agonizante, Luseke atende. Um ritual, uma encantaria, algo sem explicação concreta. O peito da morta abrindo-se para o insondável. Rezas, defumações. Antes de também falecer, Luseke entrega para Diapetelo um místico patuá feito a partir do carmim das entranhas da falecida. Aquele impensável amuleto era o coração de Madia. Uma relíquia que vira o pingente de um cordão que Diapetelo ata ao pescoço para ficar pendido sobre seu peito pelo resto de sua vida.
Sozinho, levando apenas a memória de todos os seus, ele parte para uma saga que o fará romper infinitas distâncias. É enganado, surrado, humilhado, jogado nos porões de um navio negreiro que o fará cruzar o Atlântico rumo ao Brasil. E serão muitas as terras que seu fadado caminhar pisará. A Recife que vive os sopros iniciais da Revolução Praieira, a Amazônia onde explodirá a cruenta Cabanagem, o Rio de Janeiro onde se organizam e percutem,na surdina, os primeiros terreiros... A Londres na qual se iniciam as polêmicas lutas contra o tráfico negreiro. Ao longo de toda essa trajetória, o mistério sobre o peito daquele negro...
Aquele pingente, o cheiro que ele exalava... Por que os aromas que partiam daquele africano pareciam ter o poder de acordar todos os tipos de amores? Os calmos, os desesperados, os violentos, os redentores? Quanto mais ele se mantinha fiel a sua adorada morta, mais paixões despertava sua simples presença.
Resultado
de vários anos de pesquisa, DIAPETELO E
O CORAÇÃO DE MADIA, do premiado escritor Carlos Correia Santos, é uma obra da série SAGAS DA AMAZÔNIA que
atravessa décadas de episódios históricos que contam os dramas, dores e lutas
da raça negra. O leitor é levado num vasto fluxo de jornadas. Desce ao porão
dos tumbeiros que traficavam africanos, sente todos os horrores daquelas
viagens. Perde-se entre as muitas e sangrentas batalhas que clamaram por
liberdade no século XIX. Respira os ares da África e da Europa. Tudo a partir
da sedução de um místico sentimento que subjuga qualquer fim. Afinal, nem mesmo um coração morto deixa de
pulsar amor. Diapetelo é o bisavô de Rita Flor, protagonista de VELAS NA TAPERA
VALOR: R$ 50,00 (já inclusas taxas de envio pelos Correios)
Formas de pagamento: depósito bancário ou por boleto
Como comprar: entre em contato com o autor pelo whatsapp (91) 981673835

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